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terça-feira, 2 de junho de 2015

Circuncisão Feminina é relacionado ao islamismo ou é cultural dos povos da Africa ?

Circuncisão Feminina 
“Se a cultura fere o seu corpo, por que preservá-la?”




A mutilação genital feminina/corte genital feminino (MGF/CGF) é mundialmente conhecida como uma violação à saúde e direitos sexuais e reprodutivos, e é uma preocupação da saúde pública. A MGF diz respeito ao corte total ou à remoção parcial dos genitais femininos por motivos culturais ou não terapêuticos. Sabe-se que cerca de 140 milhões de mulheres e jovens foram submetidas à MGF, em todo o mundo, e, anualmente, 3 milhões de jovens são afetadas. Esta tradição é comum em 28 países africanos e em muitas comunidades migrantes na Europa e nos Estados Unidos
Um estudo extensivo realizado pela UNICEF sobre MGF/CGF indica uma lenta diminuição nos índices de crianças e jovens sujeitas a esta prática em alguns países. Os dados também mostram que o predomínio da MGF/CGF varia entre 5% na Nigéria e quase 97% no Egito. Mundialmente, as jovens entre os 15 e os 19 anos, atualmente, têm menos probabilidades de terem sido submetidas à MGF.

Os benefícios sociais da MGF/CGF ainda hoje são valorizados, devido ao baixo estatuto social das mulheres e devido à ausência de poder e autonomia na tomada de decisões. Esta é a razão pela qual algumas famílias que apoiam o abandono da prática continuam a submeter as suas filhas à prática. 
A pressão social para se submeter à MGF é igualmente poderosa para as famílias migrantes na Europa. É ao nível da comunidade e da família que é necessária uma mudança signifi cativa.

Práticas tradicionais que, não obstante buscarem justificação na cultura dos povos, afetam o bem-estar e deixam sequelas físicas e psicológicas, entre aqueles que lhes dão letra de forma. De entre estas práticas destaca-se a mutilação genital feminina ou corte dos genitais femininos, que tem como protagonistas forçadas e, genericamente, continuadoras mulheres e meninas, que ultrapassados os risco de vida daí decorrentes, jamais se libertam da sua marca.

A mutilação genital feminina (MGF), entendida como a remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos ou outras lesões que alteram anatomicamente os genitais femininos, tem por fundamento motivos culturais e/ou não terapêuticos (OMS, UNICEF, UNFPA, 1997)11. A MGF está enraizada na tradição cultural de um conjunto diversifi cado de comunidades. Há registos da sua prática em 28 países do continente Africano, e pontualmente, em países da península Arábica, assim como regiões da Malásia, Indonésia e Índia.


Conheça os tipos

TIPO I


O tipo I, chamado de Sunnah, mais praticado entre os muçulmanos, é caracterizado pela excisão do prepúcio do clitóris e possível redução do mesmo.


TIPO II


O tipo II é chamado de excisão e consiste na retirada total do clitóris e, algumas vezes, remoção parcial ou total dos pequenos e grandes lábios.



TIPO III


O tipo III é conhecido como circuncisão faraônica ou infibulação e consiste na extirpação do clitóris, dos grandes e pequenos lábios. Após esse procedimento, a vagina é costurada com agulha e linha ou com "bush thorn" (uma planta com um enorme espinho encontrada nas áreas rurais) deixando um espaço mínimo para a saída da urina e do fluxo menstrual.





Há ainda o tipo IV, usado para agrupar todas as outras modalidades de alteração da genitália.

Quando falamos de infibulacão, depende do quanto a vagina é "costurada". Com a infibulação, as meninas ficam com a pernas juntas, amarradas e só depois de uma ou duas semanas, com a vagina toda fechada, que ela é desamarrada descreve Fardhosa sobre o tipo de circuncisão que ela mesma vivenciou.


Parte da cultura



A prática milenar que, para alguns, é chamada de tortura, para outros, é um costume comandado pela família e aceito pela comunidade como parte da cultura. Na Somália, é impossível ver uma mulher com 17 anos sem ser circuncidada.

Isso não é mutilação. Esse é um costume que veio dos ancestrais de nossos ancestrais. Mas podemos  questionar algo que atravessou tantas gerações, que existe há tanto tempo? Sim podemos afinal cada ser tem o direito de decidir sobre o seu corpo e sua vida, pois independe de cultura ou tradições.

Algumas justificativas para a prática são a purificação do corpo feminino, preparação para o casamento, controle da sexualidade, garantia da virgindade e proteção da menina contra "possíveis estupradores" no deserto (no caso da infibulação em povos nômades). Sobre o corte do clitóris, uma razão muito ouvida é a garantia de que a mulher não se tornaria prostituta e o mito de que o clitóris inteiro viraria um pênis.


Ao lado instrumentos utilizados de forma precaria e sem higiene para a mutilação.















Trailer - Circuncisão Feminina Quando a cultura molda o seu corpo







Um comentário:

  1. Parabéns pelo seu artigo, um tema impactante no mundo para as mulheres, uma espécie de mutilação, desumano, Deus nos fez assim, portanto somos perfeitas, ele não nos fez sobrando nada! Para que deva ser retirado!

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