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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Como o Profeta Muhammad nos alerta sobre o ISIS, Al qaeda, Taliban e tantos outros grupos terroristas.



Em ataques separados na semana passada (26/06/15), os terroristas do ISIS mataram 39 turistas em um resort de praia na Tunísia, e perto de 30 religiosos em uma mesquita xiita no Kuwait. O ataque ocorreu pouco depois que o grupo apelou aos seus simpatizantes jihadistas militantes para expandir as operações no mês de Ramadan.
ISIS tem demonstrado uma determinação inabalável para tirar quem se atreve a discordar com ele. Os seus membros assassinaram Yazidis e cristãos, mas a grande maioria de suas vítimas foram os muçulmanos que lhe resistem e se recusam a reconhecer sua autoridade. O ISIS tem até executado clérigos sunitas que se recusaram a jurar fidelidade à ele, e as mulheres muçulmanas que não se submeteram à sua visão de mundo.
Este recurso é compartilhado entre todos os grupos terroristas que operam em nome do Islam. A grande maioria das vítimas do Taliban, por exemplo, também são muçulmanos. Centenas de muçulmanos xiitas foram mortos apenas nos últimos anos. E eu perdi muitos amigos próximos em ataques semelhantes sobre os muçulmanos Ahmadi no Paquistão, Indonésia, Bangladesh, Afeganistão e até mesmo na América.
Assim, quando alguns críticos anti-Islam estão obstinadamente associando a fé de nós, muçulmanos, com os atos de nossos algozes, chamamos-los para sua insensibilidade.
Eu não discordo que parte da motivação para o extremismo religioso está enraizada na interpretação pervertida da escritura por extremistas radicais. No entanto, é desonesto rotular a grande maioria dos muçulmanos que rejeitam tais interpretações como não-devotos ou “muçulmanos nominais”.
Um estudo honesto do Alcorão mostra que grupos como ISIS agem em completo desafio das regras do Islam. 

O Alcorão, por exemplo, equivale um assassinato para o assassinato de toda a raça humana (05:32), e considera perseguição e desordem na terra como um crime ainda pior (2:217). 

Ele coloca a ênfase na paz, justiça e direitos humanos. Ele eleva a liberdade de consciência e proíbe castigo mundano por apostasia e blasfêmia.
Um estudo das tradições do Profeta Muhammad também demonstram que ele nos alertou para o aumento do extremismo religioso nesta época em detalhes surpreendentes.

1400 anos atrás, ele profetizou que viria um tempo quando nada permaneceria do Islam, mas o seu nome, nada do Alcorão, mas a sua palavra, e que muitas “Mesquitas seriam esplendidamente decoradas, mas destituídos de orientação” (Mishkatul Masabih). Nestes últimos dias, a verdadeira essência espiritual do Islam estaria perdida, e a religião, em sua maior parte, seria reduzida à uma compulsão ritualística. Ele predisse que o clero seria corrupto e seria uma fonte de conflitos durante estes tempos.

Como isso é verdade, dos clérigos extremistas em algumas partes do mundo muçulmano abusarem do púlpito para pregar divisão e ódio.
Ele também passou a descrever grupos terroristas como o ISIS que tentariam sequestrar a fé islâmica. Neste momento de dissensão, ele disse que iria aparecer “um grupo de jovens que seriam imaturos no pensamento e tolos.” Eles falariam belas palavras, mas cometeriam as mais hediondas das ações. Eles iriam se envolver em tanta oração e jejum que o culto dos muçulmanos pareceriam insignificantes em comparação. Eles iriam chamar as pessoas para o Alcorão, mas não teriam nada a ver com ele na realidade. O Alcorão não iria além de suas gargantas, ou seja, eles não entenderiam sua essência em tudo, simplesmente regurgitar-lo seletivamente. O Profeta, então, passou a descrever essas pessoas como “os piores da criação.”

Como se este esquema não fosse suficientemente claro, outra tradição no livro Kitaab Al Fitan relatado pelo califa Ali, o quarto sucessor do Profeta Muhammad, descreve essas pessoas como tendo cabelos longos e tendo bandeiras negras. Seus corações “serão duros como ferro”, e eles seriam os companheiros de um Estado (Ashab ul Dawla). Curiosamente, ISIS refere a si mesmo como o Estado islâmico ou Dawla. A tradição ainda menciona que eles vão quebrar seus convênios, não falam a verdade e têm nomes que mencionam suas cidades. O califa do ISIS, Abu Bakr al Baghdadi, vem à mente.

Profeta Muhammad furiosamente e dolorosamente descreveu esses malfeitores, e advertiu os muçulmanos para tomarem cuidado com o seu mal e lutarem contra isso. “Quem luta contra eles é melhor para Allah do que eles”, proclamou.
Reflita sobre este ponto crítico. Sempre que o ISIS mata em nome do Islam, afirmam seguir o Alcorão, ou usam o mês sagrado do Ramadan para espalhar a anarquia em todo o mundo, sabemos que o Profeta Muhammad explicitamente nos advertiu destes impostores, e nos confiou desmascara-los.

As únicas pessoas que se recusam a refletir sobre este ponto são o ISIS, os simpatizantes do ISIS e extremistas anti-Islam que querem que o mundo acredite que o ISIS é legítimo. As pessoas inteligentes, enquanto isso, enxergam a sabedoria profética do profeta Muhammad e, assim, permanecem unidos contra ambas ignorância e o extremismo.


quinta-feira, 2 de julho de 2015

O que Allahu Akbar realmente significa



É uma reivindicação Islamofóbica muito comum de que a frase “Allahu Akbar” é o “grito de guerra muçulmano.” Essas baseiam essa afirmação no fato de que muitos extremistas muçulmanos gritam “Allahu Akbar” antes de seus atos de barbárie. Na verdade, isso acontece de fato. No entanto, nada poderia estar mais longe da verdade.
Em primeiro lugar, a frase “Allahu Akbar” significa “Deus é o maior.” Essa frase não era o grito Islâmico de guerra no tempo do Profeta Muhammad, embora seja quase certo que muitos muçulmanos tenham usado a frase dessa maneira. De fato, em muitos dos protestos da Primavera Árabe, os manifestantes desarmados, pacíficos gritaram muito a frase “Allahu Akbar”, ao serem baleados por forças de seguranças.
No entanto, “Allahu Akbar” é mais do que apenas uma frase; é um modo de vida. Isso significa que Deus é maior do que qualquer outra coisa na Terra, seja a opressão de um tirano cruel matando seu próprio povo ou maior que seus próprios caprichos e tentações.
Antes do muçulmano entrar na oração, ele deve proferir “Allahu Akbar” em voz alta. Uma vez que ele faz isso, ele entra na Presença Divina. Isso porque, naquele momento, ele deixa o mundo inteiro para trás, a fim de oferecer a oração ritual. Assim, “Deus é o Maior”. No curso de um dia, os muçulmanos vão pronunciar essa palavra, “Allahu Akbar”, pelo menos dezessete vezes, uma para cada ciclo de oração ritual. No entanto, existem muitos muçulmanos que proferem com suas bocas “Deus é o Maior”, e suas ações desmentem essas palavras sagradas.
Pegue por exemplo os extremistas bárbaros que matam em nome de Deus. Se eles gritam “Deus é o Maior” em comemoração à um ataque que mata seres humanos inocentes, eles se encontram em sua pior forma. Seu ato de assassinato declara precisamente que Deus não é maior que eles. Pois, se Deus fosse realmente o maior, eles não prejudicariam qualquer vida inocente. Se um comerciante muçulmano reza cinco vezes por dia e profere “Allahu Akbar” dezessete vezes, mas engana seus clientes, então Deus não é verdadeiramente o maior para esse comerciante. Se um cidadão muçulmano trai sua declaração de imposto de renda, então Deus não é verdadeiramente o maior para esse cidadão.
De fato, os atos rituais de adoração são conectados diretamente ao caráter do crente. Leia este relato Profético (relatado na compilação Muslim):
O Mensageiro de Deus, que a paz e as bênçãos estejam com ele, perguntou: “Você sabe quem são os falidos?” Eles disseram: “Alguém sem dinheiro ou bens está falido.” Assim, o Profeta disse: “Os falidos são os da minha nação que vêm no Dia da Ressurreição com a oração, jejum e caridade, mas vem também com um insulto, difamação, consumo de riquezas, derramamento de sangue e agressão à outros. Cada um deles receberão a partir de suas boas ações; se suas boas ações acabarem antes das suas más ações serem liquidadas, suas más ações serão lançadas sobre ele, então ele vai ser jogado no fogo do inferno.”
Todas essas boas obras, feitas em gratidão a Deus pelo seu eterno e infinito amor por nós, não vai significar nada no Dia do Juízo, se não forem acompanhadas de um bom caráter. Pois, se Deus for realmente o maior à alguém, então ele não tratará as criações de Deus – a humanidade, os animais e o mundo natural – com desprezo e brutalidade. Pode ser difícil às vezes fazer a coisa certa. No entanto, esse é o verdadeiro significado da Jihad (Esforço): a luta para superar as nossas próprias tentações e caprichos, a fim de fazer o que Deus quer de nós. Mas fazemos isso precisamente porque “Allahu Akbar”: Deus é o Maior.