Quando a maioria dos ocidentais pensa em budismo, o que vem à mente são homens barrigudos, sorridentes e com frases inspiradoras de paz e elevação espeirtual, mas na pratica será ?
O
budismo baseia-se na não violência, mas este alicerce espiritual não está a ser
suficiente para impedir alguns budistas de se tornarem violentos. Nem agora nem
no passado. Os sinistros Khmers vermelhos surgiram num ambiente budista. O seu
chefe, Pol Pot, chegou a ser monge budista na juventude.
E não é a primeira vez que
monges birmaneses avalizam a violência como tática legítima. Estiveram na
vanguarda da luta contra a colonização britânica e alguns voltaram o punhal
contra os europeus em Rangum, para lutar pela independência.
Também no Sri Lanka, as
relações entre violência e budismo fazem parte da história.
O
radicalismo entre os budistas, especialmente aqueles que são minoritários em
países de maioria muçulmana, é um tema recorrente em reuniões religiosas e
intervenções na Internet.
Mianmar,
ex Birmânia, um país com maioria budista 90 % da população, e governo budista de
extrema intolerância religiosa. Os 500 mil monges budistas de Mianmar se
dedicam a expulsar do país o grupo étnico Rohingya, praticante do islamismo,
“devolvendo-os” a Bangladesh, que seria seu lugar de origem. A campanha de
expulsão, que está dando resultados, é lastreada por uma gama de desumanidades
que vai dos castigos físicos a leis que controlam a natalidade dos muçulmanos e
lhes vetam os serviços públicos.
Refiro-me, pois, à violência budista, algo impensável
para a maioria dos budistas espalhados pelo mundo e para milhões de não
budistas que têm uma noção de tranquilidade e elevação espiritual quando pensam
nessa religião, a quinta maior da humanidade, 380 milhões de adeptos. Surgiu
meio milênio antes de Cristo, com as reflexões de um nepalês chamado Sidarta
Gautama, um avatar, um homem transcendente. Seus ensinamentos essenciais são
focados nos caminhos para a plena realização da natureza humana, para a eliminação
do sofrimento, que é causado pelo desejo. Os caminhos da paz interior, da não
violência, de uma relação sacralizada com o próximo e com o mundo.
Sidarta, também chamado Buda (Iluminado em sânscrito),
fundou uma religião sem Deus, sem Deuses. A divindade está na relação do humano
com a natureza material e imaterial. É a única grande religião sem Deus,
não-teísta. A esse diferencial, soma-se outro: o nome Buda não se refere apenas
a Sidarta, mas sim ao conjunto de todos os iluminados, dos seres com inteligência
e sensibilidade superiores à normalidade humana que ajudam seus semelhantes a
dialogar com os grandes mistérios da existência.
Abaixo vilas e mesquitas sendo queimadas.
Sabemos que todas as grandes religiões protagonizaram
guerras e matanças ao longo da História, inclusive o budismo em antigos
conflitos no Japão. Mas na Idade Moderna do Ocidente (ou seja, a partir de
1500) sua imagem para a humanidade é a da busca da paz, um entendimento
respaldado pela aproximação das percepções de Sidarta às tradições filosóficas
chineses da meditação zen e do pacifismo tao. Os monges de Mianmar desmentem
isso e, chafurdando na intolerância e na brutalidade, nos chocam e entristecem.
~Eu acho o seguinte...quem sabe vocês poderiam postar as barbaries que os seguidores do Islã ... dito religião da paz promovem pelo mundo ... lobos em pele de cordeiros ?
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