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sábado, 25 de abril de 2015

Pena de morte ou capital, cara, ineficiente, cruel e desumana.





Todos os dias, prisioneiros – homens, mulheres e crianças – enfrentam a execução. Independentemente do crime que tenham cometido, sejam culpados ou inocentes, vêem as suas vidas reclamadas por um sistema de justiça que valoriza e prefere a retribuição em vez da reabilitação.






A pena de morte é uma punição extrema, degradante e desumana. Viola o direito à vida. Qualquer que seja o método de execução utilizado – electrocussão, enforcamento, câmara de gás, decapitação, apedrejamento ou injecção letal –  a pena de morte constitui-se como uma forma de punição violenta que não deveria ter lugar no sistema de justiça actual.


E no entanto persiste.
Em muitos países, os governos justificam a utilização da pena de morte alegando que esta previne a criminalidade. Contudo, não existe qualquer prova de que este método seja mais eficaz na redução do crime do que outras punições severas.
A pena de morte é discriminatória. É frequentemente utilizada de forma desproporcionada contra pobres, minorias, certas etnias, raças e membros de grupos religiosos. É imposta e levada a cabo de forma arbitrária. Nalguns países é utilizada como um meio de repressão – uma forma brutal de silenciar a oposição política.
A pena de morte é irrevogável e, tendo em conta que o sistema de justiça está sujeito ao preconceito e ao erro humano, o risco de se executar uma pessoa inocente está sempre presente. Esse tipo de erro não é reversível.
Um sintoma, não uma solução
Acabar com a pena de morte é reconhecer que esta faz parte de uma política pública destrutiva que não é consistente com os valores universalmente aceites. Promove uma resposta simplista em relação a problemas humanos complexos e acaba por evitar que sejam tomadas medidas eficazes contra a criminalidade. A pena de morte dá uma resposta superficial ao sofrimento das famílias das vítimas de homicídio e estende esse sofrimento aos entes queridos do prisioneiro condenado. Para além disso, desperdiça recursos que poderiam ser melhor aproveitados na luta contra o crime violento e na assistência aos que dele foram vítimas. A pena de morte é um sintoma de uma cultura de violência, não uma solução para a mesma. É uma afronta à dignidade humana e devia ser abolida.
O mundo tem vindo a abandonar a aplicação da pena de morte. Desde 1979, mais de 70 países aboliram a pena de morte para todos os crimes ou pelo menos para os crimes comuns. Mais de 130 nações eliminaram a pena de morte da sua legislação ou então não a aplicam, sendo que apenas uns quantos governos levam a cabo execuções a cada ano.
Lista de países que ainda aplicam a pena de morte e que estudos indicam que os indices de criminalidade não reduziram e nos poucos que reduziram o percentual foi ínfimo, mas por cultura ou politica de segurança interna utiliza se para justificar um sintoma fim e não meio.
Afeganistão 
Saudita 
Argélia
Armênia
Autoridade Palestina
Bahamas 
Barein
Bangladesh
Barbados
Belize
Bielorrússia
Botsuana
Burundi 
Camarões
Catar
Cazaquistão 
China 
República do Congo
República Democrática do Congo 
Cuba 
Egito 
Emirados Árabes
Estados Unidos da América 
Etiópia
Filipinas 
Gâmbia
Guatemala 
Guiana
Iêmem 
Índia
Indonésia
Iraque
Irã 
Iugoslávia
Jamaica
Japão 
Jordânia 
Kiribati
Kuwait 
Líbano
Líbia
Malásia
Malauí
Mali
Marrocos
Mongólia
Miamar
Omãn
Paquistão
Quênia
Ruanda
Samôa
Singapura 
Somália
Sri Lanka
Suazilândia
Tailândia 
Taiwan 
Tadjiquistão
Trinidad e Tobago
Turquia
Uganda
Uzbesquistão 
Vietnã 
Zâmbia
Zimbábue

 Fonte: AI Anistia internacional


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